sexta-feira, 29 de maio de 2009

Os sebos nas estradas

A primeira parte da viagem com a peça Histórias de “Malasartes” saí de Joinville para Lages passando pelo oeste catarinense indo para Caçador, Rio do Sul, Canoinhas, Joinville e Jaraguá do Sul.


O tempo não foi suficiente para conhecer mais as cidades, somente os trajetos de hotéis para teatros, auditórios e escolas, o máximo foram breves caminhadas pelas quebradas dos lugares citados. Infelizmente, livrarias e sebos também não estiveram presentes nos meus roteiros.


Hoje estou na segunda parte da viagem e to p da vida com a televisão ligada e o Vascão perdendo por um a zero do Curintinha da Amanda. Estou deitado na cama com o pc no colo e alguns livros ao meu lado.


Os livros são frutos do consumo em Sebos de Blumenau e de Itajaí, onde felizmente sobrou um tempinho para o tão gostoso consumo.

Em Blumenau fui num sebo na frente da nossa hospedagem, o Hotel Glória, lá encontrei dois livros.


O primeiro foi Poemas dos becos de Goiás e estórias mais, de Cora Coralina, segundo a própria autora “Este livro: Versos...Não. Poesia...Não. um modo diferente de contar velhas estórias.” , ainda não li, somente folhei e gostei da doçura das palavras, ainda mais por tratar de um tema que tenho fixação, a cidade.


[ gol de empate do Vascão ]


Rádio Guerrilha”, de Mattew Collin, é o nome da segunda compra em terras blumenauenses. O livro foi lançado por aqui em 2006, desde então desejo ler e somente hoje tenho jogado na cama do Hotel, ainda mais pelo valor de R$ 15,00. A Sérvia em guerra com todo sofrimento causado pelo poder nefasto do Milosevic, levou jovens a organizarem a rádio B92, onde rock, cultura jovem passaram realizar um canal radiofônico de expressão da resistência. A leitura promete.


Já em Itajaí, as compras com o tema cidade vieram mais uma vez à tona. Por apenas R$ 2,00 comprei Ô Copacabana! do escritor carioca João Antônio. Tenho pouco conhecimento do autor, é um escritor urbano, onde a cidade do Rio de Janeiro é o cenário e todo cotidiano daqueles marginais que a sociologia tenta explicar se tão por conta das desigualdades ou por opção ou por uma terceira questão e assim vai. João Antônio deve usar a abusar da literatura para interpretar os diferentes rostos do cotidiano da cidade.


O clima “noir” está em dois livros: A dama do lago, de Raymond Chadler, e A Dália Azul, sendo uma leitura de história em quadrinhos do Filipo Scózzari na obra clássica do Raymond Chadler.


Cidade como tema e um clima “noir” conectados, ao menos nas leituras, são elementos que gostaria de sustentar na minha escrita, o que tá longe de realizar, já que não tenho uma mente criativa para a invenção da literatura.


O que me resta é levar o peso na mochila, presentear Esperanza com o livro da Cora Coralina e deixar os livros guardados na minha estante e quando me sentir a vontade tirar um e ler.



- a foto é do vini -

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