Bem, o exemplo de “fodido” é interessante. Porém tenho uma lista de conhecidos e conhecidas que gostariam de serem “fodidos” como o Deep. Por conta disso é melhor dizer “eu fui “fodido” por conta do Kerouac!!!” Pior, financeiramente e em outra cidade.
Explico melhor.
Durante a espera no Aeroporto Galeão, no Rio de Janeiro, fui visitar a livraria, enquando Bez ( O Bez me acompanhava ) se ‘deliciava’ com os livros do D. Trump e as diversas edições do Kama Sutra. Sabe, vendo tantos livros sobre a questão do sexo numa livraria de aeroporto fiquei pensando que a porra da polícia não tem direito de prender quem trepa nos aeroportos ou aviões.
Voltando.
Na tal livraria encontrei o recém lançado “On the road” versão do manuscrito original e com artigos sobre a presente obra literária, vista como um clássico para cair com os pés nas estradas. Não pensei duas vezes. Comprei o livro por quase sessenta reais. Os minutos seguintes foram de alegria lendo as palavras de Kerouac até descer no Aeroporto de Curitiba e ir a Rodoviária e comprar a passagem até Joinvas. Ou melhor, tentar comprar a passagem por conta de que o meu dinheiro tinha ido embora e o Bez tinha tantas moedas como as que estavam no meu bolso.
Quem se fodeu ?
Deep deve largar a mão de falar que Kerouac “fodeu” a sua vida. O Deep teve ao seu lado o já falecido Hunter Thompson, teve alguma relação com o Joe Strummer, fez filme com o Jim Jarmursch e agora vem dizer que alguém “fodeu” a sua vida. Deep você tem uma liberdade permissiva. Enquanto Bez e eu passamos quinze minutos sem saber como proceder. Felizmente, como Kerouac, temos amigos para nos socorrer e amar. Quem sabe a principal lição de Kerouac é viver com amigos e amigas e não chegar perto do quarenta anos sozinho, cristão e reacionário como teve seu fim o cara com os pés nas estradas.
Obrigado amigos e amigas.
Originalmente publicado aqui.
FOTO: BEZ e EU nas escadaria de Selaron. Rio de Janeiro,no mês de Janeiro de 2009.
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